Para ele, eram iguais aranhas: ao menor descuido, estaria preso em suas teias e eles avançariam sobre seu corpo, por caminhos sinuosos, despejando o veneno da imoralidade - tal qual o pastor explicou.
Ao avistar um suspeito - ou um grupo deles, forçava a vista, pondo foco no perigo e tratava de juntar a arma que fosse - capacete, pedaço de pau ou barra de ferro, o que estivesse mais perto, para surpreendê-los em pancadas. Em último caso, sem qualquer arma ao alcance, pisava e dava chutes, perseguindo-os pelos cantos da parede, decidido a esmigalhá-los e deixá-los ao chão, quase inertes, não fosse pelos espasmos das pernas e braços.
Antes de partir, escarrava no pré-defunto:
- Bicha de merda!
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