A apresentadora, buscando conscientizar a população a respeito da tolerância com as diferenças, questionou a mãe:
— Quando foi que a senhora percebeu que ele era diferente dos outros meninos?
Ainda visivelmente abalada, provavelmente sob o efeito de medicamentos para amenizar as dores, ela respondeu:
— Há muito tempo, muito tempo. E foi muito dolorido, mais para ele do que para mim. A gente só passou a ser mãe e filho mesmo — a voz começou a ficar embargada, o choro já retornava — quando eu percebi, finalmente, que ele era igualzinho a todos os outros meninos, que merecia todo meu amor... — acolhida por um abraço da constrangida entrevistadora, ela não conseguiu concluir a fala.
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