Primeiro, tentei acelerar, mas o bandido era insistente e continuou ali, preso no meu para-brisa. Comecei a ziguezaguear pela avenida vazia, mas de nada adiantava, ele debatia-se, revirava o rosto, mas não se soltava. Sem qualquer remorso, fiz uma curva fechada, cantando pneus e, só então, o maldito desprendeu-se. Ainda o vi pelo retrovisor, rodopiando ao vento, antes de juntar-se ao resto do lixo eleitoral.
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