31.1.13

Prêmio Top Blog

No último sábado, dia 26 de janeiro, fui a São Paulo para a cerimônia do Prêmio Top Blog. Admito que havia criado certa expectativa em relação ao resultado, mas que não teria comparecido ao evento se meu irmão não morasse por lá - dessa forma, eu poderia matar as saudades, desfrutar da companhia e comparecer à cerimônia.

Até porque a equipe do blog tem mais de um terço dos seus membros na cidade de São Paulo ou em cidades relativamente próximas: Joaquim Antonio (São Paulo - SP), Amanda Reznor (São Paulo - SP), Ana Carolina Alencar (São Bernardo do Campo - SP), André Telucazu Kondo (Jundiaí – SP), Rosana Banharoli (Santo André - SP) e Joel Garcia da Costa (Itatiba - SP). Se eu não fosse, o blog estaria muito bem representado - tanto que fui acompanhado por Joaquim, Amanda, André e Ana Carol.

No final das contas, teria me arrependido se não tivesse comparecido ao evento. E segue abaixo o motivo:


Além da premiação, fiquei muito feliz por rever alguns e por, enfim, conhecer pessoalmente outros membros da equipe do blog e, acima de tudo, amigos:

André Kondo, eu, Amanda Reznor, Ana Carol Alencar e Joaquim Antonio

30.1.13

Manifesto

Meus poemas são respostas

- admito, sem receio -

a reles perguntas retóricas

25.1.13

A nação da triste figura

E que não se espere
nada além da utopia

de um povo quixotesco

que surgiu heroicamente

bradando contra um rio de águas calmas

24.1.13

Memórias no Correio Braziliense

Tive uma bela surpresa nesta semana.

Na quarta-feira, fui informado pelo Giovani Iemini, escritor de Brasília, que um texto meu havia sido publicado no caderno Diversão & Arte do Correio Braziliense, jornal de maior circulação na região centro-oeste do país.

O texto em questão leva o título Memórias e está na página 50 do Colcha de Retalhos.


Segue abaixo a digitalização do jornal:



20.1.13

Dissimulado

O tempo segue

mas quando olho pra trás

por um instante

ele para
- disfarça







* trecho de minha autoria da poesia coletiva resultante do encontro anual do pessoal da comunidade concursos literários.

17.1.13

14.1.13

O grande domador

O dono do circo, ao perceber que os animais andavam meio desanimados, por terem sido da floresta retirados – e porque agora não conseguiam mais perceber e coletar os frutos de seus esforços, sabiamente repetia, de jaula em jaula, noite e dia, o lema que assim dizia:

– O trabalho dignifica o urso!

– O trabalho dignifica o leão!

– O trabalho dignifica o primata!

Em pouco tempo, os animais já haviam assimilado o ditado e, na porta do circo, os candidatos formavam fila: queriam trocar a insegurança da selva por um emprego fixo, uma jaula de janelas gradeadas e, vez ou outra, um bom prato de comida.

9.1.13

8.1.13

Réquiem para uma tia distante

Tia Isabel era uma cabecinha gorda sob um chapéu demasiado pequeno. Nas raras reuniões de família, falava pouco, sentava longe e nunca saía na primeira fila das fotos - nunca foi protagonista, nem quis ser.

Quando ela desapareceu, ninguém conseguiu encontrar uma boa foto de rosto para entregar à polícia e espalhar pelas redes sociais e e-mails dos amigos e conhecidos.

O corpo só foi encontrado depois de dias e, devido ao estado em que estava, fez-se o velório de caixão fechado. Havia apenas uma janelinha, através da qual se via o rosto - desfocado por um véu; bem como eu me lembrava.

6.1.13

Nenhuma luz

Inspirado por Huxley, Orwell e Bradbury, queria criar em seus escritos uma sociedade distópica.

Encontrou, no entanto, uma grande dificuldade: não conseguia imaginar, por mais que se esforçasse, algo muito pior do que a presente realidade.

5.1.13

Desapego

A floreira que emoldura
a mirada dos andarilhos

a fruta que amadurece
pra alimentar os passarinhos


poesia é semente que se planta

sem ter pretensão de colher

4.1.13

Incorrigível

Quebrou-se a confiança

e não havia remendo
que suportasse inabalável

o peso da suspeita

3.1.13

Intragável

Ele abriu o novo tablete e colocou sobre os restos da manteiga velha que resistiam no fundo da manteigueira, já arados pela faca de serra. Sabe-se lá há quanto tempo vinha fazendo isso.

Ela tentou comer, mas deixou a torrada no prato e o afastou sutilmente em direção ao centro da mesa. Tentou distrair-se lendo o jornal, mas ao tentar virar as páginas sentia como se estivesse com as pontas dos dedos oleosas, rançosas.

Quando ele levantou, já atrasado, e tentou beijá-la, o afastamento brusco, com o rosto virado para o lado, foi inevitável. O casamento acabou, de fato, naquele instante.

2.1.13

4º Prêmio Literário Sérgio Farina


A poesia Sitiada foi selecionada no 4º Prêmio Literário Sérgio Farina, organizado pelo Centro Cultural José Pedro Boéssio, instituição de São Leopoldo - RS.

O resultado saiu no dia 20 de dezembro, mas só agora tive condições de publicar o texto e esta breve nota.




Se quiser ler a poesia, basta acessar o seguinte endereço:

Sitiada

As primeiras folhas secas
crepitavam no fogo baixo

A fumaça, escura e densa
tomava forma de presságios

- o inverno encerrou a trégua -

E as portas tremulam
- reverberam irritadiças
pela iminente violência

Em breve marchará
- o exército do desespero
sobre as ruínas da consciência







Menção honrosa no 4º Prêmio Literário Sérgio Farina - Centro Cultural José Pedro Boéssio - São Leopoldo - RS

1.1.13